Entender os conceitos que embasam a teoria de probabilidades.
Conhecer as definições já estabelecidas para a probabilidade: clássica, frequentista e axiomática.
Introduzir probabilidade condicional.
Conhecer os conceitos de dependência e independência entre eventos aleatórios.
Entender o Teorema de Bayes.
Ramo da matemática destinado a quantificar incertezas a cerca de fenômenos não determinísticos (aleatórios).
Conhecemos os seus possíveis resultados, mas não sabemos qual resultado irá ocorrer, antes de sua realização.
Exemplo: laçamento de uma moeda.
A partir dos experimentos aleatórios podem ser definidos os conceitos de:
espaço amostral
e eventos aleatórios
.
Conjunto de todos os resultados possíveis do experimento.
Exemplos de experimentos aleatórios.
\(\varepsilon_1\): selecionar ao acaso uma peça em uma linha de produção e verificar a presença ou ausência de defeito.
\(\varepsilon_2\): selecionar ao acaso 10 peças em uma linha de produção e verificar quantas delas tem defeito.
\(\varepsilon_4\): observar a quantidade de carros que passam por um coletor de tráfego durante um mês de registro.
\(\varepsilon_3\): Observar a proporção de pessoas infectada por uma doença em uma comunidade.
\(\varepsilon_4\): observar o tempo que um computador gasta para rodar um determinado algoritmo.
Qual é o espaço amostral \(\Omega\) associado a cada experimento citado?
Um espaço amostral pode ser:
finito,
exemplo:
Um espaço amostral pode ser:
finito,
exemplo:
ou infinito,
exemplos:
proporção de palavras com erros gramaticais em páginas de jornais, \(\Omega=\)
quantidade de formigas residentes em um formigueiro escolhido de forma aleatória, \(\Omega=\)
Um espaço amostral pode ser:
finito,
exemplo:
ou infinito,
exemplos:
Se o espaço amostral é infinito, este ainda pode ser:
enumerável (contável),
exemplo:
Se o espaço amostral é infinito, este ainda pode ser:
enumerável (contável),
exemplo:
ou não enumerável (um intervalo),
exemplo:
Se o espaço amostral é infinito, este ainda pode ser:
enumerável (contável),
exemplo:
ou não enumerável (um intervalo),
exemplo:
Classificação para espaços amostrais.
Infinito contável ou finito: espaço amostral discreto.
Não enumerável (um intervalo da reta): espaço amostral contínuo.
Seja o experimento:
“contar o número de peças com defeito em lotes de peças fabricadas em uma linha de produção”
“medir o tempo de execução de um algoritmo”: neste caso o espaço amostral é contínuo (não enumerável, um intervalo da reta), \(\Omega=(0, \infty)= \mathbb{R}^+\).
Conjunto contendo um ou mais resultados possíveis de um experimento aleatório ou
qualquer subconjunto do espaço amostral \(\Omega\).
Conjunto contendo um ou mais resultados possíveis de um experimento aleatório ou
qualquer subconjunto do espaço amostral \(\Omega\).
Notação: \(A, B, C, \cdots\).
Duas moedas são lançadas, denotemos por \(C\) a face cara e \(K\) a face coroa.
Duas moedas são lançadas, denotemos por \(C\) a face cara e \(K\) a face coroa.
Qual é o espaço amostral?
\[\Omega=\{CK, KC,CC,KK\}.\]
Duas moedas são lançadas, denotemos por \(C\) a face cara e \(K\) a face coroa.
Qual é o espaço amostral?
\[\Omega=\{CK, KC,CC,KK\}.\]
Apresente o evento \(A\) em que a primeira moeda lançada mostra coroa.
Duas moedas são lançadas, denotemos por \(C\) a face cara e \(K\) a face coroa.
Qual é o espaço amostral?
\[\Omega=\{CK, KC,CC,KK\}.\]
Apresente o evento \(A\) em que a primeira moeda lançada mostra coroa.
\[A= \{ (K,K ) ,( K,C )\}\]
Duas moedas são lançadas, denotemos por \(C\) a face cara e \(K\) a face coroa.
Qual é o espaço amostral?
\[\Omega=\{CK, KC,CC,KK\}.\]
Apresente o evento \(A\) em que a primeira moeda lançada mostra coroa.
\[A= \{ (K,K ) ,( K,C )\}\] Quando o evento \(A\) ocorre?
Um evento ocorre quando ocorre qualquer um de seus elementos irredutíveis.
Esses elementos são também chamados de eventos elementares ou eventos unitários ou ainda pontos amostrais.
Um evento elementar é denotado aqui pela letra grega minúscula \(\omega\).
favorável ao evento \(A\).
\(\omega \in A\): \(\omega\) pertence ao evento \(A\).
\(\omega \notin A\): \(\omega\) não pertence ao evento \(A\).
\(B \subset A\): o evento \(A\) contém o evento \(B\), ou \(B\) está contido em \(A\).
O evento impossível do experimento é o conjunto vazio, que é denotado por \(\emptyset\).
O conjunto vazio está contido em qualquer evento, ou seja, \(\emptyset \subset A\) para todo \(A \subset \Omega\).
\(\Omega\) é o evento certo do experimento e contém todos os outros eventos.
Considere um experimento aleatório com espaço amostral \(\Omega\) com \(A, B \subset \Omega\).
União dos eventos A e B: \(\mbox{A} \cup \mbox{B}=\left\{ \omega \in \Omega: \omega \in \mbox{A} \mbox{ ou } \omega \in \mbox{B} \right\}\).
Considere um experimento aleatório com espaço amostral \(\Omega\) com \[A, B \subset \Omega\].
União dos eventos A e B: \(\mbox{A} \cup \mbox{B}=\left\{ \omega \in \Omega: \omega \in \mbox{A} \mbox{ ou } \omega \in \mbox{B} \right\}\).
União
Interseção dos eventos A e B: \(\mbox{A} \cap \mbox{B}=\left\{ \omega \in \Omega: \omega \in \mbox{A} \mbox{ e } \omega \in \mbox{B} \right\}\).
Interseção dos eventos A e B: \(\mbox{A} \cap \mbox{B}=\left\{ \omega \in \Omega: \omega \in \mbox{A} \mbox{ e } \omega \in \mbox{B} \right\}\).
Interseção
Complementar de A: \(A^{\mbox{c}}= \Omega -\mbox{A} =\{\omega \in \Omega; \omega \not\in \mbox{A} \}\).
Complementar de A: \(A^{\mbox{c}}= \Omega -\mbox{A} =\{\omega \in \Omega; \omega \not\in \mbox{A} \}\).
Complementar
Se \(\mbox{A} \cap \mbox{B}=\emptyset\), então dizemos que A e B são eventos disjuntos ou mutuamente excludentes.
Se \(\mbox{A} \cap \mbox{B}=\emptyset\), então dizemos que A e B são eventos disjuntos ou mutuamente excludentes.
Eventos disjuntos.
Sejam \(A_1,A_2,A_3,...,A_n, n\geq2\), eventos no espaço amostral \(\Omega\).
União: \[\displaystyle\bigcup_{i=1}^{n}A_i= A_1 \cup A_2 \cup A_3\cup ...\cup A_n=\{\omega \in A_i \mbox{ para algum } i \}.\]
Interseção: \[\displaystyle\bigcap_{i=1}^{n}A_i= A_1\cap A_2 \cap A_3\cap ...\cap A_n=\{\omega \in A_i\mbox{ para todo } i\}.\]
Dado \(A \subset \Omega\), tem-se que:
\((A^c)^c=A\)
\(\Omega^c=\emptyset\)
\(\emptyset^c=\Omega\)
Seja \(\Omega=\{1,6,9,3,8,7\}\) e o evento \(A \subset\Omega\) tal que: \(A=\{9,7,1\}\). Então, \(A^c=\{6,3,8\}\) o que implica:
\((A^c)^c=\) ?
Dado \(A \subset \Omega\), tem-se que:
\((A^c)^c=A\)
\(\Omega^c=\emptyset\)
\(\emptyset^c=\Omega\)
Seja \(\Omega=\{1,6,9,3,8,7\}\) e o evento \(A \subset\Omega\) tal que: \(A=\{9,7,1\}\). Então, \(A^c=\{6,3,8\}\) o que implica:
Dados \(A,B \subset \Omega\), tem-se:
\(A \cup B = B \cup A\)
\(A \cap B = B \cap A\)
Dados \(A, B, C \subset \Omega\), tem-se:
\(A \cup (B \cup C)= (A \cup B) \cup C\);
\(A \cap (B \cap C)= (A \cap B) \cap C\).
Dados \(A, B, C \subset \Omega\), tem-se:
\(A \cup (B \cap C)= (A \cup B) \cap (A \cup C)\);
\(A \cap (B \cup C)= (A \cap B) \cup (A \cap C)\).
Seja \(\Omega=\{a,b,c,d,e,f,g\}\) e o evento \(A \subset\Omega\) tal que: \(A=\{a,b,c\}\), \(B=\{b,c\}\) e \(C=\{a,c,g\}\). Quais são os eventos:
\((A \cap B)=\)
\((B \cup C)=\)
\((A \cap B) \cup (A \cap C)=\)
\(A \cap (B \cup C)=\{a,b,c\} \cap \{a,b,c,g\}=\)
Seja \(\Omega=\{a,b,c,d,e,f,g\}\) e o evento \(A \subset\Omega\) tal que: \(A=\{a,b,c\}\), \(B=\{b,c\}\) e \(C=\{a,c,g\}\). Quais são os eventos:
\((A \cap B)=\{b,c\}\);
\((B \cup C)=\{a,b,c,g\}\);
\((A \cap B) \cup (A \cap C)=\{a,b,c\}\);
\(A \cap (B \cup C)=\{a,b,c\} \cap \{a,b,c,g\}=\{a,b,c\}\).
Do que foi visto acima, segue que:
\(A \cap (B \cup C)= \{a,b,c\}= (A \cap B) \cup (A \cap C)\).
\[(A \cup B)^c = A^c \cap B^c=\Omega-A \cup B\]
Lei de De Morgan
\[(A \cap B)^c = A^c \cup B^c=\Omega-A \cap B\]
Lei de De Morgan
Dados fornecidos por estudantes ingressantes do ano de 2020 nos cursos de engenharias do Campus da UFC de Russas.
Cidade | UF | Indivíduo | Curso |
---|---|---|---|
Limoeiro do Norte | CE | Feminino | Engenharia Mecânica |
Aracati | CE | Feminino | Engenharia de Produção |
Limoeiro do Norte | CE | Masculino | Engenharia de Produção |
Quixadá | CE | Masculino | Engenharia Mecânica |
Russas | CE | Masculino | Engenharia Mecânica |
continua … | continua … | continua … | continua … |
Experimento: sorteia-se ao acaso um indivíduo (\(I_i\)) que respondeu ao questionário (\(\Omega = \{I_1, I_2, \cdots, I_{209}\}\)).
Sejam os Eventos
A= “O Indivíduo selecionado é masculino”
B= “O Indivíduo selecionado tem residência em Russas”
C= “O Indivíduo selecionado cursa Engenharia de Produção”
Sabendo que são 209 estudantes ao todo, obtenha:
Observação: \(\#(A)\) significa número de elementos no conjunto A.
Experimento: observação aleatória de um indivíduo
Eventos
A= “sexo Feminino”
B= “residência em Russas”
C= “curso de Engenharia de Produção”
Sabendo que são 209 estudantes ao todo, obtenha:
Observação: \(\#(A)\) significa número de elementos no conjunto A.
Experimento: observação aleatória de um indivíduo
Eventos
A= “sexo Feminino”
B= “residência em Russas”
C= “curso de Engenharia de Produção”
Sabendo que são 209 estudantes ao todo, obtenha:
\(\#((A\cap C)\cup (A\cap B^c))=\)
\(\#(A \cup B)=\)
Observação: \(\#(A)\) significa número de elementos no conjunto A.
Experimento: observação aleatória de um indivíduo
Eventos
A= “sexo Feminino”
B= “residência em Russas”
C= “curso de Engenharia de Produção”
Sabendo que são 209 estudantes ao todo, obtenha:
\(\#((A\cap C)\cup (A\cap B^c))=\)
\(\#(A \cup B)=\)
Observação: \(\#(A)\) significa número de elementos no conjunto A.
Experimento: observação aleatória de um indivíduo
Eventos
A= “sexo Feminino”
B= “residência em Russas”
C= “curso de Engenharia de Produção”
Sabendo que são 209 estudantes ao todo, obtenha:
\(\#((A\cap C)\cup (A\cap B^c))=62\)
\(\#(A \cup B)=110\)
Observação: \(\#(A)\) significa número de elementos no conjunto A.
Considere um experimento aleatório com o espaço amostral \(\Omega\).
O conjunto que contém todos os subconjuntos de \(\Omega\) é denominado conjunto das partes de \(\Omega\) e é denotado por \(\mathcal{P}(\Omega)\).
Considere um experimento aleatório com o espaço amostral \(\Omega\).
O conjunto que contém todos os subconjuntos de \(\Omega\) é denominado conjunto das partes de \(\Omega\) e é denotado por \(\mathcal{P}(\Omega)\).
Seja o experimento: “laçar duas moedas e observar as faces superiores”. O espaço amostral desse experimento é \(\Omega=\{CK, KC,CC,KK\}\).
Qual é o conjunto das partes de \(\Omega\)?
Considere um experimento aleatório com o espaço amostral \(\Omega\).
O conjunto que contém todos os subconjuntos de \(\Omega\) é denominado conjunto das partes de \(\Omega\) e é denotado por \(\mathcal{P}(\Omega)\).
Seja o experimento: “laçar duas moedas e observar as faces superiores”. O espaço amostral deste experimento é \(\Omega=\{CK, KC,CC,KK\}\).
O conjunto das partes de \(\Omega\) é:
\[\begin{aligned} \mathcal{P}(\Omega) &= \left\{ \begin{array}{ll} \emptyset, &\\ \{CK\}, \{KC\},\{CC\},\{KK\}, & \\ \{CK,KC\}, \{CK,CC\}, \{CK,KK\}, \{KC,CC\}, \{KC,KK\}, \{CC,KK\}, &\\ \{CK,KC,CC\}, \{CK,KC,KK\}, \{CK,CC,KK\}, \{KC,CC,KK\}, \\ \{CK,KC,CC,KK\}. \\ \end{array} \right.\\ \end{aligned}\]
O conjunto das partes de um espaço amostral é um conjunto de conjuntos, sendo chamado de classes de conjuntos.
O conceito formal de probabilidade está associado aos experimentos, e a partir disso, pode ser apresentado de três maneiras:
clássica
frequentista,
e axiomática.
Seja \(\Omega\) finito em que todos os seus eventos elementares são igualmente prováveis.
A probabilidade de um evento \(A \in \mathcal{P}(\Omega)\) é:
\[P(A)= \frac{\text{nº de casos favoráveis a A}}{\text{nº de casos possíveis}}= \frac{\sharp A}{\sharp \Omega}\]
Seja \(\Omega\) finito em que todos os seus eventos elementares são igualmente prováveis.
A probabilidade de um evento \(A \in \mathcal{P}(\Omega)\) é:
\[P(A)= \frac{\text{nº de casos favoráveis a A}}{\text{nº de casos possíveis}}= \frac{\sharp A}{\sharp \Omega}\]
Suponha que um lote com 20 peças existam cinco defeituosas.
Experimento: Escolher ao acaso quatro peças desse lote (uma amostra de 4 elementos).
Qual a probabilidade de ter duas peças defeituosas na amostra?
Diz respeito a frequência relativa dos eventos associados a um experimento (acontecimento) aleatório.
Um experimento aleatório é realizado \(n\) vezes
seja \(n_A\) o número de vezes que acorre o evento \(A\).
A frequência relativa de \(A\), nesse caso, é dada por:
Pela lei dos grandes números, a probabilidade do evento \(A\) ocorrer é dada por:
\(P(A)=\lim_{n\rightarrow \infty} f_n(A).\)
Ou seja, se \(n\) for grande, \(f_n\) se aproxima da probabilidade do evento \(A\) ocorrer.
Simulação de lançamentos de uma moeda honesta.
## Experimento set.seed(13684) moeda <- c("Cara", "Coroa") n = seq(10,5000,30) nA = numeric() for(l in 1:length(n)){ ## lançamento da moeda lanc <- sample(moeda, size=n[l], replace = TRUE) ## frequência relativa dos lançamentos nA=rbind(nA,as.vector(table(lanc)/n[l])) } nA = cbind(nA, n) nA = data.frame(nA) names(nA) = c(moeda, "Lançamentos")
\(f_n:\mathcal{P}(\Omega)\rightarrow\mathbb{R}\).
\(f_n(A) \in [0,1]\) para todo \(A \in \mathcal{P}(\Omega)\).
\(f_n(\Omega)=1\).
Se \(A, B \in \mathcal{P}(\Omega)\) são disjuntos,
\[f_n(A ∪ B)= f_n(A)+ f_n(B)\]
\[f_n(A ∪ B)= f_n(A)+ f_n(B) - f_n(A \cap B)\].
Como \(f_n(A)\) se aproxima da \(P(A)\) a medida que \(n\) cresce, é intuitivo que as propriedades apresentadas anteriormente também satisfaça essas propriedades.
Seja \(\epsilon\) um experimento e \(\Omega\) o espaço amostral associado ao mesmo. A cada evento \(A\) desse espaço amostral associamos uma medida \(P(A)\), denominada probabilidade de \(A\), que satisfaz:
\(0\leq P(A) \leq 1\);
\(P(\Omega) = 1\);
se \(A_1,A_2,\cdots, A_n \in \mathcal{P}(\Omega)\) forem disjuntos 2 a 2 (ou seja \((A_i\cap A_j)=\emptyset\), para todo \(i\neq j)\), então \(P(\displaystyle\bigcup_{i=1}^{n} A_i) = \displaystyle \sum_{i=1}^{n} P(A_i)\).
Se \(\emptyset\) é o evento impossível, então \(P(\emptyset)=0\).
Se A e B são dois eventos quaisquer então:
\[P(A\cup B)= P(A) + P(B) - P(A\cap B).\]
Se \(A\subset B\), então \(P(A) \leq P(B).\)
\(P(A^c)= 1-P(A)\).
Dados do questionário aplicado aos estudantes do Campus da UFC de Russas.
Experimento: escolher um aluno ao acaso e observar o curso e se foi a primeira opção no ENEM.
Não foi primeira opção | Foi primeira opção | Total | |
---|---|---|---|
Ciência da Computação | 3 | 32 | 35 |
Engenharia Civil | 4 | 7 | 11 |
Engenharia de Produção | 11 | 47 | 58 |
Engenharia de Software | 11 | 29 | 40 |
Engenharia Mecânica | 7 | 58 | 65 |
Total | 36 | 173 | 209 |
Não foi primeira opção | Foi primeira opção | Total | |
---|---|---|---|
Ciência da Computação | 3 | 32 | 35 |
Engenharia Civil | 4 | 7 | 11 |
Engenharia de Produção | 11 | 47 | 58 |
Engenharia de Software | 11 | 29 | 40 |
Engenharia Mecânica | 7 | 58 | 65 |
Total | 36 | 173 | 209 |
P: Engenharia de Produção;
Ci: Engenharia Civil;
S: Engenharia de Software;
M: Engenharia Mecânica e
C: Ciência da Computação.
Qual a probabilidade do aluno escolhido ser do curso de Engenharia de Produção, sendo ou não sua primeira escolha? Ou seja a marginal \(P(P)\).
\(P(S\cap 1^a\ op.)\);
\(P(S^c \cap C^c)\);
\(P(S^c \cup C^c)\);
\(P(S^c \cap C)\);
\(P(S^c \cup 1^a\ op.)\).
Dado que o estudante seja do curso de Engenharia de Produção, qual a probabilidade do curso ter sido sua primeira escolha?
Não foi primeira opção | Foi primeira opção | Total | |
---|---|---|---|
Ciência da Computação | 3 | 32 | 35 |
Engenharia Civil | 4 | 7 | 11 |
Engenharia de Produção | 11 | 47 | 58 |
Engenharia de Software | 11 | 29 | 40 |
Engenharia Mecânica | 7 | 58 | 65 |
Total | 36 | 173 | 209 |
No exemplo anterior, considere o item:
dado que o estudante seja do curso de Engenharia de Produção, qual a probabilidade do curso ter sido sua primeira escolha?
Observe que a resolução obedece a expressão:
\(P( 1^a\ op.|P)= \frac{P(1^a\ op.\cap P)}{P(P)}=\frac{\frac{47}{209}}{\frac{58}{209}}=\frac{47}{209} \times \frac{209}{58} \approx 0,81.\)
Não foi primeira opção | Foi primeira opção | Total | |
---|---|---|---|
Ciência da Computação | 3 | 32 | 35 |
Engenharia Civil | 4 | 7 | 11 |
Engenharia de Produção | 11 | 47 | 58 |
Engenharia de Software | 11 | 29 | 40 |
Engenharia Mecânica | 7 | 58 | 65 |
Total | 36 | 173 | 209 |
para os demais cursos.
\(P(1^a\ op.| C)=\frac{32}{35} \approx 0,91\).
\(P(1^a\ op.| Ci)=\frac{7}{11} \approx 0,64\).
\(P(1^a\ op.| S)=\frac{29}{40} \approx 0,73\).
\(P(1^a\ op.| M)=\frac{58}{65} \approx 0,89\).
Forma de obter valores de probabilidade, quando se tem alguma informação parcial a respeito do resultado de um experimento aleatório.
muitas vezes é utilizada para computar mais facilmente valores de probabilidades que se tem interesse.
Seja um experimento aleatório com espaço amostral \(\Omega\).
Se \(A,B \subset \Omega\), então a probabilidade condicional do evento \(A\) dado que \(B\) ocorreu é definida como:
\[P(A|B)= \frac{P(A \cap B)}{P(B)}, \ \ \ \ \ P(B)>0,\]
Seja um experimento aleatório com espaço amostral \(\Omega\).
Se \(A,B \subset \Omega\), então a probabilidade condicional do evento \(A\) dado que \(B\) ocorreu é definida como:
\[P(A|B)= \frac{P(A \cap B)}{P(B)}, \ \ \ \ \ P(B)>0,\]
Isso implica que
\(P(A \cap B)= P(A|B)\cdot P(B) \Longrightarrow P(A \cap B)= P(B|A)\cdot P(A).\)
A relação acima é conhecida como Teorema do Produto.
Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 azuis e 5 verdes.
ambas sejam verdes.
B (branca): \(P(B)\)
A (azul): \(P(A)\)
V (verde): \(P(V)\)
Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 azuis e 5 verdes.
Se duas bolas são retiradas ao acaso sem reposição, qual a probabilidade de que: ambas sejam verdes.
Prob. Marginal na primeira retirada
B (branca): \(P(B)=0,2\);
A (azul): \(P(A)=0,3\)
V (verde): \(P(V)=0,5.\)
\(\Omega=\{BB, BA, BV, PB,AA,AV,VB,VA,VV \}\)
Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 azuis e 5 verdes.
Se duas bolas são retiradas ao acaso sem reposição, qual a probabilidade de que: ambas sejam verdes.
Prob. Marginal
B (branca): \(P(B)=0,2\);
A (azul): \(P(P)=0,3\);
V (verde): \(P(V)=0,5.\)
\(P(VV)=P(V \cap V)= P(V)P(V|V)=\frac{5}{10}\times \frac{4}{9}\approx 0,22.\)
\(\Omega=\{BB, BA, BV, AB,AA,AV,VB,VA,VV \}\)
Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 azuis e 5 verdes.
Se duas bolas são retiradas ao acaso sem reposição, qual a probabilidade de que: ambas sejam da mesma cor.
Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 azuis e 5 verdes.
Se duas bolas são retiradas ao acaso sem reposição, qual a probabilidade de que: ambas sejam da mesma cor.
\(P(VV)=P(V \cap V)= P(V)P(V|V)=\frac{5}{10}\times \frac{4}{9}\approx 0,22.\)
Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 azuis e 4 verdes.
Se duas bolas são retiradas ao acaso sem reposição, qual a probabilidade de que: ambas sejam da mesma cor.
Resolução:
\[P(\mbox{ambas da mesma cor})= P(VV) +P(AA)+P(BB) \approx 0,31.\]
O Teorema do Produto pode ser generalizado da seguinte forma:
\[P\left(\bigcap_{i=1}^{n}A_i\right)= P(A_1)P(A_2|A_1)P(A_3|A_2\cap A_1) \ldots P(A_n|A_1 \cap \ldots \cap {A_{n-1}}).\]
Nota: Vejam mais exemplos nos materiais de apoio.
- Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 azuis e 5 verdes.
Branca: \(P(B)=2/10\);
azul: \(P(A)=3/10\);
Verde: \(P(V)=5/10.\)
\(P(VV)=P(V \cap V)= P(V)P(V|V)= P(V)P(V)=\frac{4}{9}\times \frac{4}{9}=\frac{16}{81}\approx 0,198\)
Dois eventos \(A\) e \(B\) são idependentes se, e somente se,
\[P(A \cap B)= P(A)\cdot P(B).\]
Exemplo
Suponha que seja observada a produção de itens por uma máquina,
e que cada item tem a probabilidade \(0,05\) de ser defeituoso.
São selecionados ao acaso 4 itens de forma independente.
Qual a probabilidade de que se tenha exatamente 0, 1, 2, 3 e 4 itens defeituosos na amostra de tamanho 4?
Considere,
D: defeito;
B: não defeito (Bom).
\(N^o\) | Eventos | Possibilidades | Probabilidade de cada sequência | Probabiliade |
---|---|---|---|---|
0 | BBBB | \({4 \choose 0}=1\) | \((0,95)(0,95)(0,95)(0,95)\) | \({4 \choose 0}(0,95)^4\) |
1 | BBBD; BBDB; BDBB; DBBB; | \({4 \choose 1}=4\) | \((0,95)(0,95)(0,95)(0,05)\) | \({4 \choose 1}(0,95)^3(0,05)\) |
2 | BBDD; DDBB; BDDB; DBBD; DBDB; BDBD; | \({4 \choose 2}=6\) | \((0,95)(0,95)(0,05)(0,05)\) | \({4 \choose 2}(0,95)^2(0,05)^2\) |
3 | DDDB; DDBD; DBDD; BDDD; | \({4 \choose 3}=4\) | \((0,95)(0,05)(0,05)(0,05)\) | \({4 \choose 3}(0,95)(0,05)^3\) |
4 | DDDD | \({4 \choose 4}=1\) | \((0,05)(0,05)(0,05)(0,05)\) | \({4 \choose 4}(0,05)^4\) |
\[A_i \cap A_j=\emptyset\]
para todo \(i\neq j\). Ou seja, \(A_1,A_2, \cdots, A_n\) são dois a dois disjuntos, de modo que
\[\displaystyle\bigcup_{i=1}^{n} A_i=\Omega,\]
Nesse caso \(A_1,A_2, \cdots, A_n\) forma uma partição de \(\Omega\).
\[A_i \cap A_j=\emptyset\]
para todo \(i\neq j\). Ou seja, \(A_1,A_2, \cdots, A_n\) são dois a dois disjuntos, de modo que
\[\displaystyle\bigcup_{i=1}^{n} A_i=\Omega,\]
Nesse caso \(A_1,A_2, \cdots, A_n\) forma uma partição de \(\Omega\).
Considere um evento B qualquer tal que \(B \subset \Omega\), então B pode ser escrito como:
\[B=(B\cap A_1)\cup (B\cap A_2) \cup \cdots \cup (B\cap A_n).\]
Considere um evento B qualquer tal que \(B \subset \Omega\), então B pode ser escrito como:
\[B=(B\cap A_1)\cup (B\cap A_2) \cup \cdots \cup (B\cap A_n).\]
Deste modo, a probabilidade total de B pode ser obtida pelo axioma III da probabilidade.
Considere um evento B qualquer tal que \(B \subset \Omega\), então B pode ser escrito como:
\[B=(B\cap A_1)\cup (B\cap A_2) \cup \cdots \cup (B\cap A_n).\]
Deste modo, a probabilidade total de B pode ser obtida pelo axioma III da probabilidade, como segue.
\(\begin{align}P(B)&={P}( B \cap A_1)+ {P}( B \cap A_2)+\ldots +{P}( B \cap A_n)\\&=\displaystyle\sum_{i=1}^{n}{P}( B \cap A_i)\\P(B)=\displaystyle\sum_{i=1}^{n}{P}(B|A_i){P}(A_i).\end{align}\)
Considere um evento B qualquer tal que \(B \subset \Omega\), então B pode ser escrito como:
\[B=(B\cap A_1)\cup (B\cap A_2) \cup \cdots \cup (B\cap A_n).\]
Deste modo, a probabilidade total de B pode ser obtida pelo axioma III da probabilidade, como segue.
\(\begin{align}P(B)&={P}( B \cap A_1)+ {P}( B \cap A_2)+\ldots +{P}( B \cap A_n)\\&=\displaystyle\sum_{i=1}^{n}{P}( B \cap A_i)\\P(B)=\displaystyle\sum_{i=1}^{n}{P}(B|A_i){P}(A_i).\end{align}\)
Essa expressão é conhecida como Lei da Probabilidade Total
Suponha que três campus da UFC (\(C_1, C_2\) e \(C_3\)) têm as seguintes porcetagens de alunos em cursos de TI: 60%, 70% e 90%, respectivamente.
Suponha que um campus é escolhido ao acaso e então são escolhidos, também ao acaso, e com reposição, 10 alunos.
a) Sabendo que T representa “curso de TI” e A representa “Outra área”, qual a probabilidade de ser obtida a sequência: TTTTAAAAAA?
b) Se esse evento de fato ocorrer, qual a probabilidade desses alunos terem sido escolhidos a partir do campus \(C_1\)?
Denotemos por \(B=TTTTAAAAAA\), então
a)
\({P}(B)= P(B|C1)P(C_1)+P(B|C_2)P(C_2)+P(B|C_3)P(C_3)\) \({P}(B)= (0,4)^4(0,6)^6\frac{1}{3}+ (0,3)^4(0,7)^6\frac{1}{3}+ (0,1)^4(0,9)^6\frac{1}{3}=0,0003\)
\[\begin{align}{P}(C_1|B)&= \frac{P(B|C1)P(C_1)}{P(B|C1)P(C_1)+P(B|C_2)P(C_2)+P(B|C_3)P(C_3)}\\ &=\frac{(0,4)^4(0,6)^6\frac{1}{3}}{(0,4)^4(0,6)^6\frac{1}{3}+ (0,3)^4(0,7)^6\frac{1}{3}+ (0,1)^4(0,9)^6\frac{1}{3}}=0,54.\end{align}\]
A partir da Lei da Probabilidade Total de um evento B numa partição \(A_1,A_2, \cdots, A_n\) de \(\Omega\),
as probabilidades condicionais revesas \(P(A_j|B)\) para \(j = 1,2, \ldots ,n\), podem ser obtidas da seguinte forma:
\[\begin{align}{P}(A_j|B)= \frac{ {P}(B|A_j){P}(A_j)}{\displaystyle\sum_{i=1}^{n} {P}(B|A_i){P}(A_i)}, j=1,2, \ldots, n.\end{align}\]
Um paciente recebeu o resultado de um exame de laboratório que detecta uma doença em \(98\%\) dos casos quando a doença está presente no organismo,
mas fornece “falso positivo” para \(1\%\) das pessoas testadas.
Sabendo que \(0,2\%\) da população tem a doença e que o resultado deu positivo para um idivíduo selecionado ao acaso,
qual a probabiliade do paciente ter de fato a doença?